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Mas afinal, o que é a “Consciência CNV” ?

E porque na Konekti não ensinamos Comunicação Não Violenta em 4 passos…

A gente sabe que a confusão sobre o significado da Comunicação Não Violenta começa no seu próprio nome, levando alguns a acreditarem que a mudança proposta pela CNV “é apenas sobre comunicação”.

Além disso, a CNV se difundiu bastante em nosso país através do livro que leva o seu nome e tem como subtítulo: “Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”. Sem dúvidas, uma afirmação atrativa na perspectiva de vendas, em uma sociedade imediatista, na qual aprendemos a buscar respostas fáceis para questões complexas, no menor tempo possível. Afinal, a maior parte do nosso tempo precisa ser dedicado a produzir e não a dar atenção a nossas emoções ou cuidar dos nossos relacionamentos…

Mas tudo isso nos distancia do que realmente é a CNV e de seus convites. Para que você tenha uma ideia, o subtítulo original do livro é “A linguagem da vida”, mas no Brasil, ele foi totalmente modificado.

Dentre outras tantas coisas, a CNV nos convida exatamente a pausar e aprender a colocar nossa atenção no que está vivo em nós e nas outras pessoas, a conectar antes de resolver, a reconectar com nossas emoções e necessidades e descobrir melhores maneiras de nutrir a vida de todes.

Então, como ela pode ser apenas um conjunto de técnicas de aprimoramento de relações? Ou 4 passos estruturados, como uma fórmula, para “falar de maneira não-violenta”?

É verdade que a CNV contém, eu disse contém, um conjunto de recursos e ferramentas de comunicação que dão suporte a viver essa vida mais nutritiva a que a CNV nos convida, uma vida onde a não-violência nos orienta. Mas, precisamos estar atentos para não reduzir toda potência dos seus convites a apenas um ferramental que dá suporte ao que realmente importa.

Integrar a CNV em nossas vidas, é escolher vivenciá-la. E, portanto, aceitar os convites para transformar não apenas a maneira como nos comunicamos uns com outros, mas antes e sobretudo, a maneira que aprendemos a pensar uns sobre os outros, para aí sim, transformar nossa comunicação e também nossas atitudes, o que escolhemos dizer e fazer, a cada momento.

A CNV é, portanto, uma prática de vida e este é o convite que fazemos em nossos cursos de formação e treinamentos em CNV. Aprender que compartilhamos necessidades é tomar consciência do que move nossas ações e assumir responsabilidade por nutrir a vida de maneira mais consciente e proativa, transformando a ideia de que “somos eternas vítimas” ou “eternos algozes” dos outros.

Quando falamos em viver em alinhamento com a Consciência CNV, estamos falando exatamente de acolher para si o convite a esta prática de vida. Estar dispostos a transcender a lógica dicotômica que aprendemos (certo x errado; vilão x vítima; punição x recompensa), e nos dedicar à construção de “caminhos do meio”, aqueles em que nossa humanidade não apenas é preservada, mas também valorizada.

Nesses caminhos, queremos aprender a compartilhar poder e não a usar o poder sobre os outros; podemos reconhecer que tudo que fazemos têm impacto sobre as outras pessoas (que pode ser positivo ou negativo), ainda que a gente não tenha intenção.

Estamos, portanto, dispostos a abordar nossas diferenças e resolver nossos conflitos, escutando uns aos outros, na tentativa de incluir as necessidades de todos, ou fazer o possível para isso, na construção de caminhos e soluções.

Ao mesmo tempo, compreendemos que para efetivar todas essas transformações, precisamos aprender a lidar de uma outra maneira com nossas emoções. Precisamos dar as boas-vindas a elas e aprender a traduzir o que tentam nos contar. Isso porque nossas respostas defensivas, nossa reatividade são, em realidade, formas de proteção automatizadas diante de possibilidades de experimentar dor ou sofrimento em nossas vidas. É apenas nossa mente fazendo o seu trabalho. Se a gente não mergulhar em nosso mundo interno, dificilmente seremos capazes de transformar o que pensamos, como nos comunicamos e agimos em relação uns aos outros.

Agora que você a conhece um pouco mais, quanto você quer mergulhar na CNV?

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